domingo, 18 de agosto de 2019



Venus veiling Pandora by stephen katsavo

Quando falo hoje Emiliano, falo pisando em degraus feitos de nuvens que são feitas de sonhos pela insegurança (esta, que é o sinal mais concreto de que estamos caminhando na trilha do destino).
Corações alados.


No âmbito da educação você toca mais almas do que pode perceber, por isso é preciso ser muito claro e objetivo, todavia com profundidade nos olhos para que a compreensão se dê essencialmente pelo olhar.

Será que o Sol assiste a todos que seus raios tocam? Será que as nuvens assistem a todos que suas gotas tocam, Emiliano?

No campo da educação, diariamente, plantamos respostas para colhermos questões, nutrindo-o estoicamente para um propósito no agora e não num vir a ser. O agora feito pelo agora, como as mandalas de areia feitas pelos monges tibetanos.

Quem professa, professus, questiona, acima de tudo, a si mesmo, caso contrário lança tentáculos.

A educação vem fortemente revestida em uma justificativa do depois, mas o depois é desconhecido por nós e inevitável, está nas mãos das Nornas, a vida sabe mais sobre a vida do que nós. Somente o agora pode ser vivido para o reconhecimento de cada um (em seu tempo) acerca da profundidade do seu eu.

E não é a potencialidade da compreensão das próprias capacidades e limites a lamparina (que sustenta a chama por meio do inflamável da vontade e fogo do conhecimento) que ilumina quaisquer caminhos que surjam? 

Para mostrar um caminho é preciso mais do que já ter passado por ele, é preciso guiar passando por ele, sabendo que nada permanece como foi e nem será como projetamos ser.