segunda-feira, 21 de novembro de 2016

PX



Nada me custa,  nesse caso por pouco:  deixo o campo, abandono a batalha sem culpa. 

A covardia está em não manter a palavra onde, não necessariamente, tivesse que ser dito para que estivesse.

Nada para ser escolhido, questionado ou pedido, salvo o verbo que toma vida por meio da carne de cada um, por si. 

Por isso, mais vale não ir contra e nem a favor.
Por isso, mais vale o silêncio que indiferentemente cede espaço aos zumbidos da realidade.

O vácuo não precisa se recompor. 

No mais, termino eternamente com o que me pertence, uma vez que jamais poderá ser retirado do que sou.

quinta-feira, 10 de março de 2016

V




Temos todos vidas paralelas à vida, Johannes.
Só nós sabemos sobre o culto que lideramos no mais oculto que há em cada um de nós.
Por isso, bastar-se a si mesmo é o bastante.
Não se desculpe, não se culpe, mas não se descuide...

Não sou restrita ao abecedário de planos
nanoplanos em cada plano de manifestação.
Eu estou infestada de mim e de fins, Johannes

não bastasse o fim, mais um passo, e é de novo o recomeço

Falhamos ao falar
e pensamos ao tentar
a inteligência da perfeição artificial humana
 que não pretende mais do que
encontrar os atos no silêncio da perfeição divina.

Não depende de mim 
que você compreenda, Johannes
uma alma não ocupa dois espaços
porque ela não precisa de nenhum
categorias só são utilizadas por conta de um fim...

não bastasse em mim, estende-se por tudo que jamais notei
e eu não mais me reconheço 
não bastasse o fim, mais um passo, e é de novo o recomeço
de fato, já não mais pertenço
já que não posso renascer a partir daquilo que conheço...